4.9.10

Furto à memória




Imagens atrás de imagens. Imagens que nao via à muito, imagens que nao conhecia, imagens que estavam enterradas.

Percebi que nem sempre é bom mexer no passado, especialmente naquele que tem obrigatoriamente que ser enterrado. É o negro da vida , aquele em que, sem noção, nos podemos perder. É o canto do sofá onde ninguém se quer sentar, então, nao vale a pena o esforço, apenas basta nao impor a ideia para que esta nem hoje nem amanha, se torne uma opção. E quando estiveres pereparado para falar sobre o que aconteceu (bom ou mau) sem derramares uma lagrima (de alegria ou tristeza) volta la. Vai espreitando devagarinho, e num relance senta-te. Alguém irá ao teu encontro e se deitará no teu colo. Só para ouvir. (ou talvez reviver)
Não me quero sentar nesse sofá onde tudo o que passei vem ao de cima
porque não sou capaz de encarar a tua reação ao sabe-lo, mas é tudo, hoje e amanhã um furto à memória,
uma questão de tempo

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