14.7.10

Promessas, não são algemas




De cabeça baixa eu não podia estar naquele sitío de outra forma, doiam as recordações que ele me contava. Contava hoje e contava todos os dias que pisava aquele chão de terra negra, e todos os dias ele me contava vezes sem conta a história da minha vida. As lágrimas rebolavam-se-me pelo rosto abaixo...passavam as maças, refriavam os lábios gretados e caíam na terra como que num salto sem importância molhando assim a minha pele seca pelo frio do vento. Mas não me importo de tudo o que tenha ido e hoje seja em vão, não me importa estar sozinha, nao me importa chorar sempre, não me importa que quebrem todas as promessas que me fizeram, nao me importa realmente a parte que roubam de mim quando me magoam; limito-me a pensar que foi por um propósito lógico, mesmo sabendo que nao, foi apenas porque promessas nao sao nem nunca foram algemas.
Nao acredito quando alguém diz que nao vai voltar
O tempo faz esquecer, nao faz mudar;

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