13.3.10

ERAM vinte e dois.


E naquela noite eu soube o que fazer, o caminho a seguir. Distingui o bem do mal quase tão bem como o angélico do infernal e o tempo estagnou para que eu pudesse abordar o caminho que me era favoravel.
Pois é de se revelar que nada sabia, nada distinguia nada poderia ser alguma vez abordado por tal ser, eu era ainda ingénua demais. Tinha pensamento imaturo e lógica irrelevante. Era a Lua que iluminava aquele estranho sítio silenciado pelo descanso humano e despido de todas as suas competências quotodianas e a dita cuja caminhava calmamente distanciada de todo o resto do Mundo. Não corria, não dizia, não chorava, nada via e era com uma certa dificuldade que sentia. Não pertencia a rumo algum, apenas a lógica da vida a encaminhava - essa lógica era nada.
Assim foi durante mil instantâneos segundos , até que a claridade trouxe a rotina diaria e eu, sem sentidos nem valores, vi desfalecer-se-me o corpo que caíu imóbil naquele mesmo chão.
Ao passar alguém olhava, eu reparei, mas nao fazia mais do que comentar aquele suposto e triste fim *era a lei da vida desse por onde desse.
Então eu esperei quase que como eternamente a chegada da nova noite enquanto recordava de olhos semicerrados os efeitos e as farsas que haviam um dia preenchido o meu infértil percurso até então.

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