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consegues fazer com que me sinta muito mal às vezes. Precisava de um apoio que talvez implicasse algum esforço de tua parte. não te posso dizer o quanto me faltam as forças para continuar, o quanto não quero erguer-me porque tu não vais tentar dar-me motivos para eu voltar a quere-lo, tu vais acusar-me de não ter noção do correcto e do errado, vais voltar a gritar-me que nunca hei-de triunfar e que não estas numa de te sacrificar mais por mim. Sei que passei a ser menos ao teus olhos, mas olha bem para mim, repara… eu ainda preciso de ti e das coisas boas que tens para me dar, ainda preciso que me digas no final do ano escolar, com olhar orgulhoso: “ muito bem, tens que continuar assim para seres alguém”, eu ainda preciso que venhas ao meu quarto aconchegar-me os cobertores, eu ainda preciso que me cures as feridas como fazias quando eu era pequenina e caía de bicicleta. Pai, eu ainda sou a mesma que teve 5,8,10 anos, eu ainda preciso do teu apoio! Em contextos diferentes, é verdade, mas ainda preciso da tua mão forte que me pegou ao colo quando nasci. Eu continuo a precisar das tuas palavras bonitas que me animam, continuo a precisar que penses que não cresci, pelo menos de vez em quando.

ainda podemos ser nós, temos que poder nem que seja uma última vez.